Acioli, Accioli, Achiolli

Sobrenome de origem italiana que passou a Portugal no século 16 e, depois, ao Brasil no século seguinte. O nome mais antigo é o de Guigiliardo (ou Gugliarello), comerciante originário de Brescia que viveu na Florença do século 12 (cerca de 1165). O termo Acciaioli viria do comércio de um instrumento de aço usado para produzir fogo.

Zenóbio Achioli passou a Península Ibérica, onde serviu ao imperador Carlos V (1500-58) que o fez fidalgo de Castela. A carta imperial, datada de 16 de janeiro de 1517, afirma que Zenóbio tinha sangue real, sendo descendente de duques, condes e de ilustres nomes no ducado de Florença, em Veneza, na França, Grécia, Inglaterra e Espanha. Seu filho Simão Achioli fixou residência na ilha da Madeira em 1516, recebendo brasão de armas do rei português dom João III (1502-57) em 27 de outubro de 1529.

No Brasil

Simão deixou descendência de seu casamento com Maria Pimentel Drummond e destes descendem os Achioli (e variações como Acioli, Accioli e Accioly) do Nordeste brasileiro, para onde a família migrou no começo do século 17. Gaspar Achioli de Vasconcellos chegou a Pernambuco em 1618 e casou com Ana Cavalcanti de Albuquerque, também descendente de florentinos estabelecidos na Península Ibérica. Entre seus descendentes está Francisco de Barros e Accioli de Vasconcelos (1846-1907), um dos responsáveis pela imigração italiana no país, e uma série de políticos ligados ao governo imperial e com cargos públicos ao longo do período republicano.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos a escritora Socorro Acioli e o diretor e produtor Chico Accioly.