Classificação dos sobrenomes
Por Rodrigo Trespach, historiador,
genealogista, autor de doze livros.
Depois de sabermos como os sobrenomes passaram a ser usados e como eles chegaram ao Brasil, agora vamos aprender como eles são classificados.
A etimologia dos nomes de família é dividida em cinco grandes grupos:
Sobrenomes Toponímicos
São sobrenomes derivados do lugar de habitação do ascendente mais antigo conhecido. Ou seja, a pessoa era identificada pelo lugar de origem ou pelo grupo étnico do patriarca que deu origem ao tronco familiar. Alguns exemplos: Bush (de uma região de arbustos), Oliveira (de um local onde se produz oliva ou azeitona), Ferreira (onde se encontra ou se produz ferro), Teixeira (de uma região coberto por teixos, uma árvore), Locatelli (de Locate, na Itália), Lombardi (dos Lombardos, um povo germânico), Stein (pedra, residente em uma pedreira) e Westphalen (da Westfália, na Alemanha).
Sobrenomes patronímicos / matronímicos
Uma das formas mais antigas de identificação, que era dada tendo como referência o pai (ou a mãe, que era menos comum) de um indivíduo: “José, o filho de João” ou “Antônio, o filho de Pedro”. Alguns exemplos: Bernardi (filho de Bernardo), Di Maria (filho da Maria), Fernandes (filho de Fernando), Gonçalves (filho de Gonçalo), Jacobsen (filho de Jacó), Johnson (filho de João), Lipp (abreviação de Phillip, Felipe) e Rodrigues/Rodriguez (de Rodrigo).
Sobrenomes com origem nas profissões
Os sobrenomes com origem nas profissões também é muito popular e a maioria deles surgiu na Europa durante a Idade Média. Eram dados às pessoas de acordo com sua ocupação de trabalho. Alguns exemplos: Carneiro e Shepherd (pastor), Hunter (caçador), Müller, Miller (moleiro), Schmidt, Smith e Ferrari (ferreiro), Sartore e Schneider (alfaiate) e Zapatero e Schumacher (sapateiro).
Sobrenomes derivados de características físicas, qualidades ou apelidos
É o grupo de sobrenomes com origem nas características físicas, psicológicas ou sociais, qualidades, defeitos ou um apelido dado ao patriarca da família. Alguns exemplos: Fox (raposa, associado à esperteza), Guerrero (guerreiro), Jung e Young (jovem), Klein e Piccoli (pequeno), Gross (grande), Grassi (gordo), Malvestiti (mal vestido), Pinto (associado à gentileza), Veloso (peludo) e Blanco e White (branco).
Sobrenomes religiosos
Em países com forte influência católica, na Península Ibérica e na Itália, era comum a adoção de sobrenomes de origem religiosa. Quem nascesse no dia 1º de novembro, dia de Todos os Santos, por exemplo, recebia a identificação “Santos”. Filhos não primogênitos ou bastardos também poderiam ser identificados com nomes santos, assim como as mulheres, que normalmente não recebiam o sobrenome paterno. Alguns exemplos: dos Anjos, dos Santos, Assunção/Asunción, da Graça, Salvador e Trindade.
Embora possam ser classificados nos grupos anteriores, alguns pesquisadores ainda usam outras classificações, tais como:
ZOONÍMICOS: sobrenomes derivados de zoônimos, como Leão, Leone e Löwe, Galo, Gallo, Gallina e Hahn, Lobo, Lovatelli e Wolf.
HAGIONÍMICOS: sobrenomes derivados de nome de santos, como Paulo, Paoli e Paulus, Pedro, Petri e Peter.
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