Sobrenome ibérico cuja etimologia vem do italiano colonna, formação ou disposição de uma tropa, ou colonnello, pequena coluna ou pilar; do latim columna, coluna ou sustentáculo. Hoje patente militar, comandante de um regimento, antes chamado de “mestre-de-campo”. Segundo etimologistas, a forma com r deve-se a influência da coroa (corona, -ae) como símbolo de comando.
Existe, inclusive, uma história curiosa contada nos nobiliários portugueses. Uma ilustre senhora casada, do reino de Castela, chamou a atenção do rei, que para mais facilmente poder conquistá-la enviou o marido para longe da corte. Fiel ao esposo e não querendo ceder ao rei, a dama untou os peitos e os braços com azeite, fazendo parecer que estivesse tomada das chagas de São Lázaro, a lepra. Na primeira investida real, a nobre despiu-se e mostrou o corpo coberto de azeite ao monarca, que acreditando ser a praga desistiu do intento. A rainha foi avisada por fidalgos da pretensão do rei e quando a senhora assediada foi visitá-la acusou-a de ter cometido traição. A fidalga mostrou, então, as “chagas”, fazendo com que a rainha lhe pusesse a coroa na cabeça, sendo ela merecedora de todo o respeito, chamando-a de “Coronada”.
Segundo a tradição aragonesa, no entanto, a origem do nome de família está em dom Gastão Garcez de Biel, que serviu aos reis de Aragão e esteve da batalha de Huesca, em 1096, contra os mouros, ocasião em que recebeu do rei dom Pedro I (1068-1104) o comando do lado esquerdo da vanguarda das tropas aragonesas. Embora a história não seja clara, teria tomado o sobrenome das armas que usavam os coronéis durante o sítio da cidade. Seu filho, dom Fortum Garcez de Biel, que estava junto, herdou as propriedades do pai, os títulos e o apelido de Coronel. Os filhos deste, dom Pedro e Raimundo, deram seguimento ao nome de família. Dom Pedro Coronel viveu no reinado de dom Ramiro II, o Monge (1084-1157), rei de Aragão. É mencionado em 1136 como cavaleiro de valentia e nobreza. Dom Raimundo Coronel foi rico-homem e serviu aos reis de Aragão, dom Ramiro II, dom Afonso II (1157-96) e dom Pedro II (1178-1213).
O primeiro a passar a Portugal foi dom Pedro Coronel, neto de dom Fortum Garcez de Biel, que acompanhou a rainha dona Dulce de Aragão para seu casamento com dom Sancho I de Portugal (1154-1211), em 1174. Outros passaram da Espanha a Portugal ao longo da história. Entre outros, o mestre Nicolau Coronel, médico da rainha dona Maria, segunda esposa de dom Manuel I (1469-1521), de quem recebeu brasão de armas em 1499.
O sobrenome também foi adotado por judeus (e cristãos-novos, no Brasil). Entre os nomes importantes, mencionamos Abraham Señor Coronel, rabino-chefe da Espanha, conselheiro da rainha Isabel, a Católica (1451-1504).
No Brasil
Da Península Ibérica o sobrenome chegou ao Brasil. Ao longo dos séculos de colonização, em diversas épocas e lugares. No Brasil holandês, David Senior Coronel e Jehosuah Coronel constam na lista de membros da comunidade israelita Tzur Israel e Magen Abraham (1648-54).
Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o escritor gaúcho Luiz Coronel.
Por Rodrigo Trespach.
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