Sobrenome português, com origem em um apelido, dado por ação em combate, por ser artilheiro de canhões ou pelo ofício em fábricas de armas de fogo. “Bota-fogo” era o nome dado ao pau provido de morrão que ateava fogo a pólvora no canhão (a “boca-de-fogo”), de navios ou fortalezas; ou do artilheiro que fazia uso dele. Como nome de família não é anterior ao século 15. Entre os nomes mais antigos está o de Pedro Carvalho Botafogo, filho de Paula Lopes Armalhas e neto ou bisneto de João Gonçalves. Este era fidalgo no tempo de dom Manuel I (1469-1521) e muitos de seus descendentes tomaram o apelido Botafogo, que se acredita vir de uma ação de guerra na África. Pedro recebeu carta de brasão de armas em 28 de maio de 1571.
Há, no entanto, mais de uma família com este sobrenome. No Brasil, o pioneiro com este nome de família foi o capitão João Pereira de Souza (1540-1605), apelidado de “Botafogo” por ser o artilheiro responsável pelos canhões do navio português Botafogo. Chegou ao Rio de Janeiro em 1573, encarregado da defesa da cidade recém-fundada. Mais tarde, adquiriu de Antônio Francisco Velho um terreno próximo a baía de Guanabara. A área ficaria conhecida por Botafogo, dando nome ao bairro e trezentos anos mais tarde emprestado nome ao clube de futebol.
Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos a bailarina Ana Botafogo.
Por Rodrigo Trespach.
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