Canto

Sobrenome português cuja origem é um cavaleiro inglês de nome John Kent, que viveu no século 14 e foi condestável do príncipe de Gales, conhecido como Eduardo, o “Príncipe Negro”, devido a cor de sua armadura. Kent é uma referência à província inglesa homônima, que na língua da antiga da Bretanha era grafada como “Caint” – em latim, Cantium, nome dado pelos romanos à área habitada pelo povo celta dos Cantiaci ou Cantti. John Kent passou a Galícia e seus filhos, a Portugal, onde o sobrenome foi aportuguesado (de Kent para Canto) e seu neto foi criado do infante dom Pedro (1392-1449), duque de Coimbra, filho do rei português dom João I (1357-1433). 

Entre seus descendentes, Pedro Annes do Canto (1480-1556) foi fidalgo da casa real do rei dom João III (1502-57), pela qual lutou em Arzila. Viveu na Ilha Terceira, Açores, onde foi provedor da Armada. Recebeu carta de brasão de armas em 20 de janeiro de 1539. Dos Açores o sobrenome passou ao Brasil, principalmente durante o século 18. Entre outros, mencionamos João de Castro do Canto e Mello (1740-1826), visconde de Castro e pai de Domitila de Castro do Canto e Melo (1797-1867), a mais famosa das amantes de dom Pedro I (1798-1834).

Canto também pode vir de um topônimo ou indicação geográfica na Península Ibérica, derivando do latim cantus, “extremidade de uma edificação” ou “esquina”.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o jornalista Reinaldo Canto e Flávio Canto, ex-judoca, medalhista Olímpico e Pan-Americano, e comentarista esportivo.