Dinis, Diniz

Sobrenome patronímico ibérico, cuja origem é o nome próprio Dionísio ou Dioniso, do latim Dionysius e do grego Dionysos (equivalente ao deus romano Baco), remetendo a alguém dedicado ao deus. A etimologia viria do nome do deus Zeus (Días), “brilho ou luz”, e anysso, no sentido de impelir; ou ainda de Nisa, vale na Beócia, Grécia, onde a deidade teria nascido. O prenome se tornou comum por veneração a São Dionísio (Saint Denis), também conhecido como Dênis (Dennis), primeiro bispo de Paris, degolado na França no século 3. Há muitos nomes próprios surgidos daí e, mais tarde, transformados em nome de família, especialmente na França e Península Ibérica, tais como Denis(z), Deny, Denizet, Dionis, Nys e Nysson.

Em Portugal, o prenome é conhecido por ser o nome de diversos reis entre os séculos 13 e 16. O primeiro foi dom Dinis (1261-1325), o sexto monarca do país. A popularização do nome próprio deu origem a diversas famílias Dinis ou Diniz sem ligação alguma entre elas. 

O sobrenome chegou ao Brasil principalmente durante o século 18. Somente em Minas Gerais, existiram mais de vinte famílias com este nome de família. Entre as mais bem documentadas está a de Manuel Pinheiro Diniz, casado em 1723 com Cláudia de Azevedo e Silva.

Dinis ou Diniz também foi adotado por famílias judaicas. No Brasil, há referências a cristãos-novos, judeus convertidos à força ao cristianismo no século 15. Entre eles, mencionamos Leonor Diniz, moradora da Bahia (1660), Simão Diniz de Moraes, morador em Olinda (1617) e Pedro Gomes Dinis, morador no Rio de Janeiro (1722).

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos a atriz Leila Diniz (1945-72), o piloto de Fórmula 1 Pedro Paulo Diniz e o empresário Abílio Diniz.