Penteado

Sobrenome português, com origem em uma alcunha ligada ao costume de pentear exageradamente o cabelo ou de andar sempre bem penteado. Há referências ao sobrenome desde o século 16, com André Dias Penteado (1582) e Diogo Lopes Penteado.

O caso mais conhecido, porém, está no apelido dado à família de Kaspar Werneck, alemão nascido em Crivitz que se fixou em Viana do Castelo durante o reinado de dom João IV (1604-56). Werneck se casou com Mariana Roiz de Magalhães. Dado ao hábito que a família tinha de ostentar grandes penteados à moda do rei francês Luís XIV (1638-1715), ficaram conhecidos como “Verneck, os Penteados”. Daí, alguns ramos da família tomaram Penteado por sobrenome. O filho do casal, João Verneque (1680-1722), se estabeleceu no Rio de Janeiro no começo do século 18. Há também referências ao sobrenome no Nordeste. 

O tronco da família Penteado no Brasil parece ser Francisco Rodrigues Penteado (c.1620-73), natural de Pernambuco e filho de Manoel Correia. Viveu em Portugal e retornou ao Brasil em 1648. Dirigiu-se de Santos para São Paulo, onde se casou com Clara de Miranda, tendo com ela sete filhos, que deram seguimento ao sobrenome. Existem no Brasil, porém, famílias com o sobrenome Penteado sem ligação comprovada com Francisco Rodrigues Penteado ou com Kaspar Werneck. 

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos a socialite Yolanda de Ataliba Nogueira Penteado (1903-83), uma das fundadoras do MASP; a escritora e ilustradora Maria Heloísa Penteado (1919-2014); e a jornalista e escritora Léa Penteado.