Ledo

Sobrenome ibérico com origem em uma alcunha, proveniente de uma característica social, Ledo vem do latim laetu ou laetus, que significa “contente”, “quem transmite alegria ou felicidade”. Embora menos aceito, Ledo pode, também, estar associado a uma localidade em Vila Nova de Cerveira, Portugal, sendo assim um toponímico. 

Existe mais de uma família com este sobrenome, uma vez que alguns genealogistas afirmam que os primeiros a usá-lo teriam origem espanhola. O mais antigo representante do sobrenome em Portugal seria Afonso Fernandes Ledo, que viveu em Pontes de Lima, em meados do século 15. Seu filho Bartolomeu Ledo deixou filhos com Maria Gonçalves do Campo, que espalharam descendentes pelo Minho. 

No Brasil, o sobrenome é conhecido desde o século 16 e está ligado aos cristãos-novos, assim chamados os judeus convertidos forçosamente ao cristianismo. O oleiro português Bartolomeu Ledo vivia em Olinda, Pernambuco, quando foi denunciado à Inquisição, em 1593, pela prática de judaísmo. Do seu casamento com Ana Lins, filha do cristão-novo Roderich Linz e da indígena Felipa Rodrigues, nasceram os filhos que deram seguimento à família Ledo no Nordeste brasileiro. Deles descenderam Teodósio de Oliveira Ledo (1650-1732), capitão-mor do rio Piranhas, Cariris e Piancós, na Paraíba, e vários outros.

O nome mais conhecido com o sobrenome, porém, é o de Joaquim Gonçalves Ledo (1781-1847), jornalista e político nascido no Rio de Janeiro, filho de portugueses do Minho, e um dos responsáveis pela Independência brasileira – foi ele o articulador do Dia do Fico.