Sobrenome toponímico lusitano, com origem na vila de Caminha, na antiga Galícia, hoje região do Alto Minho, extremo norte de Portugal. A etimologia do nome está ligada a Fernando Caminio, nome de um cavaleiro galego que fundou a vila no século 13. “Caminio” tem origem no latim camminus (ou do celta cammino), “terra pisada por onde habitualmente se transita”. A expressão era usada para identificar quem tinha casa no caminho rural, em oposição aos que habitavam o povoado.
O filho de Fernando Caminio, João Caminha, viveu no tempo do rei português d. Afonso III (1210-79). Segundo alguns genealogistas, estes seriam descendentes de Paio Pais Caminha, contemporâneo do conde d. Henriques (1066-1112) e d. Nodinho, da terra de Neiva e cavaleiro de d. Fernando I de Leão (1016-1065).
No Brasil, o sobrenome está diretamente ligado à história do país com Pero Vaz de Caminha (1450-1500), escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, que chegou a Bahia em abril de 1500, e o responsável por dar a notícia ao rei d. Manuel I (1469-1521).
Existem famílias sem ligação com os primeiros Caminha, uma vez que diversos cristãos-novos adotaram o sobrenome. É o caso de Francisco Peres Caminha (cujo nome judaico era Aarão Cohen), lisboeta e sumo sacerdote em Amsterdã, na Holanda, em 1650, e Luís de Valença Caminha, morador no Engenho Velho, Paraíba, em 1729.
Entre algumas personalidades com este sobrenome, destacamos o professor e escritor Edmílson Caminha.
Por Rodrigo Trespach.
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