Teixeira

Teixeira (ou mesmo Texeira) é um toponímico português cuja origem está no senhorio de Teixeira e de Gestaco, concelho de Vila Verde, em Portugal, pertencente a dom Hermígio Mendes de Teixeira, senhor da quinta de Sequeiros e primeiro a tomar o sobrenome. Teixeira é uma alusão ao teixo, árvore Taxus baccata, uma espécie de gimnospérmica.

Dom Hermígio era filho de dom Mendo Viegas e descendente de dom Fafes Luz, que chegou a Portugal com dom Henrique de Borgonha (1066-1112). Esteve na conquista de Sevilha, sendo “rico-homem” do rei dom Sancho I, o Povoador (1154-1211). Foi casado com Maria Paes, de quem teve vários filhos que dão seguimento a linhagem nobre dos Teixeira.

No Brasil

É uma família numerosa, com vários ramos sem ligação entre si. Em 1818, dom João VI concedeu a Henrique Teixeira de Sampaio (1774-1833) o título de Barão de Teixeira. Comerciante, acionista do Banco de Lisboa e secretário de Estado dos Negócios da Fazenda entre 1823 e 1825, Henrique nasceu nos Açores, origem também de muitas famílias brasileiras chegadas ao Sul do país durante os séculos 18 e 19.

Em Minas Gerais atuou como minerador no Rio das Mortes o capitão português Francisco José Teixeira (1750-80). Há, ainda, famílias Teixeira no Rio de Janeiro e São Paulo.

O sobrenome foi adotado também por cristãos-novos, como Bento Teixeira, português nascido em 1561, e denunciado na Bahia (1591-3) e em Pernambuco (1593-5). Em 1601, publicou um conjunto de versos intitulado Prosopopeia, o primeiro poema escrito no Brasil.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o escritor Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa (1812-61) autor de O filho do pescador, considerado o primeiro romance romântico brasileiro, e o músico Renato Teixeira.