Sobrenome toponímico com grafia portuguesa e procedência franco-alemã da região de Lorraine (Lothringen, em alemão). O étimo vem de Lotaríngia, parte do império de Carlos Magno, herdado por seu neto Lotário ou Lotharius (795-855). O nome germânico foi latinizado e afrancesado para Lothier e Lorraine.
A origem de Lorraine/Lorena como nome de família se deu mais tarde, com Adalberto de Metz (ca. 1000-48), duque de Lorena, que recebeu o título de Henrique III (1017-56), imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
A Casa de Lorena foi ligada a muitas famílias nobres e reais da Europa, incluindo a nobreza lusitana (d. Nuno Álvares Pereira de Melo, primeiro duque de Cadaval, foi casado com Armanda de Lorena, filha de Luís de Lorena, estribeiro-mor do célebre rei francês Luís XIV, 1638-1715). Também foi ligada à importante e influente família Habsburgo, da primeira imperatriz brasileira.
O sobrenome chegou ao Brasil no século 18 com Bernardo José da Silveira Lorena (1756-1818), conde de Sarzedas, que foi governador de São Paulo (1788-97) e Minas Gerais (1797-1803). Lorena é conhecido pela construção da Calçada do Lorena, estrada que ligou a cidade de São Paulo ao porto de Santos. Lorena também é nome de um município paulista (homenagem ao ex-governador) e muito usado no país como nome próprio.
Por Rodrigo Trespach.
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