Amorim

Sobrenome toponímico ibérico, com origem nas localidades de Amorim, município de Póvoa de Varzim, Portugal, e Amorín, província de Pontevedra, Galiza, Espanha. Segundo alguns etimologistas, o vocábulo viria do latim amoris, “amor” ou “amoroso”, “amizade” ou “afeição”. 

Muitos consideram que os nomes das localidades viriam de um nome próprio. Procederia de “Glário de Morim”, filho ou neto do imperador do Sacro Império, que, vindo da Alemanha, chegou à Galiza para lutar contra os mouros no tempo de dom Afonso Henriques (1111-85), o primeiro rei português. Nesta localidade, recebeu o governo de Tui e o senhorio de Morim, onde foi erigida a Torre de Amorim, que daria origem ao sobrenome. Glário (ou Hilário) teria vencido cinco mouros e um grande exército no local onde tinha fundado seu solar, motivo pelo qual os Amorim de Portugal usam no escudo do brasão de armas a cabeça de cinco islamitas. Entretanto, há discrepâncias entre as datas: alguns genealogistas afirmam que Hilário de Amorim chegou a Portugal a serviço do duque de Lancastre no tempo de dom João I (1357-1433). 

É certo que foi João de Amorim, o Cavaleiro, senhor do couto e da torre de São Pedro de Arcos e casado com dona Mecia Lopes de Calheiros, quem recebeu a carta de fidalguia do rei dom João I. Ele é considerado descendente de Hilário, sem, no entanto, saber em qual geração.

No Brasil, o sobrenome está presente desde, pelo menos, o século 17. Em 1645, o rei português ordenou ao capitão Nuno de Amorim Salgado que levasse homens dos Açores até a Bahia. Em 1717, Clemente de Amorim de Sousa solicitou sesmarias na Paraíba.

O sobrenome Amorim também é encontrado entre os judeus sefaraditas portugueses.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o sociólogo e espírita Deolindo Amorim (1906-84), o jornalista Paulo Henrique Amorim (1943-2019) e o diplomata Celso Amorim.