Barros

Barros é um sobrenome português com origem toponímica. Um das menções mais antigas faz referência a Fernão Dias de Barros, morador de Barros, no concelho de Regalados, nos tempos dos reis dom Afonso IV (1291-1357) e dom Dinis (1261-1325). Fernão era filho de dom Diogo Lopes de Haro, senhor de Biscaia, na Espanha, e neto de dom Lopo Dias. Com Maria Martins teve o filho Martim Fernandes de Barros, que deu seguimento a esta linhagem, não sendo a única com este sobrenome.

No século 16, viveu Francisco de Barros de Paiva, filho de João de Barros de Azevedo e Ana Figueira. Recebeu a Ordem de Cristo e foi capitão de São Tomé e governador da Costa da Mina no reinado de dom João III (1502-57). Morou na Quinta da Fonte Velha, em Santarém, morrendo m 13 de junho de 1570.

Na mesma época, viveu João de Barros (1496-1570), filho bastardo de Lopo de Barros, considerado o primeiro grande historiador luso e o pioneiro da gramática portuguesa.

No Brasil

Cristovão de Barros foi governador-geral entre 1572-4. Era filho de Antônio Cardoso de Barros, devorado pelos índios caetés juntamente com o bispo dom Pedro Fernandes Sardinha.

Como muitas famílias de origem portuguesa, existem Barros entre os cristãos-novos – judeus convertidos à força ao cristianismo no século 15. Em 1594, por exemplo, Bento Teixeira declarou a comissão inquisitorial que era filho de Manoel Álvares de Barros, cristão-novo falecido na Bahia. Há muitos Barros cristãos-novos também no Rio de Janeiro do século 18.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o poeta Manoel de Barros (1916-2014).