Berenguer

Sobrenome espanhol, especificamente catalão, com origem no nome próprio germânico Berengari (Berengário), derivado de beren ou ber (em alemão moderno, Bär), “urso”, e gari, “lança”. Ou seja, “a lança do urso”, que, quando usado como metáfora, pode ter o significado de “guerreiro astuto”.

É usado como nome de família a partir do século 14, embora os condes em Barcelona, Espanha, já o usassem frequentemente como prenome desde três séculos antes (o primeiro deles foi Berengário Raimundo, 1005-1035). Em Portugal, o sobrenome chegou no tempo do rei d. João III (1502-57), que concedeu mercê de brasão de armas e o foro de fidalgo da casa real a Pedro Berenguer de Lemenhano, em 12 de novembro de 1524. Cavaleiro da Ordem de Cristo, estabeleceu-se na ilha da Madeira, em um local que ficou conhecido como Quinta do Doutor, onde se casou duas vezes: primeiro com Isabel Rodrigues de Andrade e, mais tarde, com Maria Escócia, da família Drummond.

No Brasil, entre os primeiros com o sobrenome está o capitão-mor madeirense Francisco Berenguer de Andrada, que chegou a Pernambuco no começo do século 17 – o engenho de Jiquiá é mencionado como sendo de Berenguer em 1623. Ele atuou como um dos líderes da expulsão dos holandeses, em 1654. Casou-se com Joana de Albuquerque e Antônia Bezerra, deixando numerosa descendência.

Entre algumas personalidades com o nome de família, destacamos José Berenguer, ex-CEO do J.P. Morgan no Brasil e CEO do banco XP, além de diretor executivo do Conselho da Federação Brasileira de Bancos, presidente dos Conselhos do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade e da Associação Brasileira de Bancos Internacionais.