Bravo

Bravo é um sobrenome ibérico, com origem no apelido dado a um ancestral. O termo procede do latim medieval brabus – do latim barbarus; com origem no vocábulo grego para estrangeiro ou grosseiro. Na Idade Média designava plantas ou animais selvagens, bravios, e depois passou a indicar alguém valente, destemido ou feroz. Pode vir também de pravus, torto ou mau.

Parece que foi usado como sobrenome primeiro na Galícia, daí se espalhando pela Península Ibérica. Em Portugal, há famílias com este sobrenome vindas da Galícia e cuja origem é desconhecida.

Entre os nomes mais antigos conhecidos está o de Diogo Bravo, de Riba do Minho, casado com dona Loba, filha de dom Mem de Gundar, que viveu no século 12. Outro nome conhecido é o de Pedro Bravo, provisor e governador do arcebispado de Braga quando era arcebispo o futuro rei dom Henrique I (1512-80). Natural de Évora, deixou vários filhos ilegítimos. Outra família documentada é a de Martim Gomes Bravo, fidalgo galego que passou a Portugal e se estabeleceu em Aveiro, onde casou com Cecília Cardoso, criada da infanta Santa Joana (1452-90).

No Brasil

De Portugal o sobrenome chegou aos Açores (século 16) e ao Brasil (século 17). Há referências a vários nomes Bravo na Bahia, alguns acusados de práticas judaizantes (judeus convertidos ao cristianismo que mantinham costumes da religião judaica). Entre outros, mencionamos os irmãos Dinis, Pascoal e Álvaro Gomes Bravo (1618-25), filhos de Herculano Bravo e Margarida Dinis. O primeiro era proprietário de engenho, o segundo negociante.

No Rio de Janeiro, entre outros, Miguel Gomes Bravo, natural do Porto, chegou em 1610 (segundo algumas fontes, ele já estava no Brasil desde 1585). Casado com Isabel Pedrosa Gouveia, deixou grande descendência.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o escritor César Bravo e o cantor Lucas Bravo.