Bueno

Sobrenome ibérico, com provável origem em um apelido ou característica de um ancestral. O vocábulo procede do latim bonus (em sua forma arcaica duonus ou duenos), “bom”, “honesto”, “valente” ou “nobre”. Passou a ser usado como identificação familiar no Espanha do século 13, sendo mencionado no tempo do rei dom Jaime I de Aragão (1208-76) e espalhando-se, mais tarde, para outros países.

Diversas pessoas chegaram no Brasil com o sobrenome no século 16, como Bartolomeu Bueno (c.1555-1629), o “Sevilhano”, que aportou em São Paulo em 1581 e foi Juiz de Ofício de Carpinteiro, aferidor, almotacel (fiscal de pesos e medidas) e vereador. De seu casamento com Maria Pires, descendem muitos Bueno do Brasil. Seu filho Amador Bueno foi nomeado ouvidor-mor de São Vicente em 1627 e aclamado rei em 1641. Amador, porém, não aceitou a aclamação e prestou juramento ao rei português. Outro nome conhecido é o de Bartolomeu Bueno da Silva, alcunhado pelos indígenas como “Anhanguera”, Diabo Vermelho. Seu filho homônimo foi nomeado capitão-mor das minas em 1726. 

Bueno também é um sobrenome bastante comum entre as famílias judaicas da Península Ibérica – uma das mais conhecidas é a dos Bueno de Mesquita, originária de Castela. No Brasil, também existem menções a presença de judeus, entre os quais mencionamos Jacó Bueno (1647). 

Algumas das personalidades mais populares com este sobrenome são o jornalista e escritor Eduardo Bueno e o narrador esportivo Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno.