Campos, Campo

Sobrenome toponímico ibérico. Tem origem no latim Campi Gothorum, “campo dos godos”, depois “Terra de Campos”, na região entre Castela e Leão. Daí teria surgido o “do Campo” ou “de Campos”.

Os “de Campos” portugueses se originam da família de Martim de Campos, que viveu na província do Minho, no tempo do rei dom Afonso III (1210-79), enquanto os “do Campo” procedem de Luís Coelho do Campo, filho de Gonçalo Pires Coelho com dona Isabel do Campo, que viveram no século XIV.

No Brasil

No Brasil, entre as mais antigas estão as família de Domingos de Campos, casado com Maria em 1641, no Rio de Janeiro, e a do capitão Felipe de Campos, português nascido por volta de 1615 e que se estabeleceu em São Paulo em meados do século 17.

Também em São Paulo nessa época vivia o bandeirante Manuel de Campos Bicudo (falecido em 1681). Em 1673, ele fundou o arraial de São Gonçalo Beira-Rio, onde mais tarde seria construída a cidade de Cuiabá, no Mato Grosso.

O sobrenome também foi adotado por famílias de cristãos-novos, judeus forçados à conversão ao cristianismo, no final do século 15.

Na Bahia, em auto de fé de 1669, foi torturado e queimado Manoel de Abreu Campos, sendo os filhos João e Jerônimo Campos condenados ao cárcere e ao hábito perpétuo. Ainda na Bahia, Antônio Rodrigues é mencionado em auto de fé em 1731.

No Brasil holandês, durante o século 17, são mencionados os cristãos-novos Manuel de Campos (1640) e Pedro de Campos (1647).

No Rio de Janeiro, existem registros de João de Campos (1711) e Lourenço de Campos, filho bastardo de Francisco de Campos da Silva e uma mulher parda (1712).

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos Manuel Ferraz de Campos Sales (1841-1913), presidente brasileiro entre 1898 e 1902, e o pastor e cantor Adhemar de Campos.