Sobrenome religioso ibérico com origem na devoção a Nossa Senhora da Imaculada Conceição, ou seja, no dogma da concepção virginal de Maria, mãe de Jesus Cristo. O vocábulo vem do latim conceptio, “concepção do feto”. Em português, Conceição; em espanhol, Concepción; em italiano, Concezione.
Em países com forte influência católica, na Península Ibérica e até mesmo na Itália, era comum a adoção de sobrenomes de origem religiosa, já que as mulheres normalmente não recebiam o sobrenome paterno. Inicialmente, Conceição era muito usado como nome feminino devocional — muitas vezes em associação a outros nomes próprios, como Maria. Filhos homens não primogênitos ou bastardos também poderiam ser identificados com nomes santos.
No Brasil, Conceição pode ser encontrado como nome de família desde o início do povoamento. No Rio de Janeiro, pelo menos três famílias, as de Francisco, Jerônimo e Manuel da Conceição, viviam na cidade entre meados do século 17 e o começo do século 18.
Uma personalidade com o sobrenome é o pugilista Robson Conceição, medalhista olímpico em 2016. Ainda é muito usado como nome próprio, como no caso da escritora Maria da Conceição Evaristo de Brito.
Por Rodrigo Trespach.
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