Cortez, Cortés

Sobrenome ibérico derivado de uma alcunha, com origem no latim cohors ou cohortis, “local de acampamento de tropas (as coortes romanas)”, mais tarde associado a hortus, “celeiro”, “curral” ou “espaço usado para recolher animais”. Por fim, o nome passou a designar a própria fazenda, incluindo o domínio senhorial, sendo referência do lugar de moradia de um senhor ou soberano (a corte). Pessoas ligadas ao local receberam os adjetivos “cortesão” (aquele que frequenta ou provém da corte) e “cortês” (educado, gentil, refinado), dando origem também ao nome de família.

Em alguns casos, no entanto, pode ser um sobrenome toponímico, com referência, por exemplo, a Vila Cortês, em Portugal. Na Espanha, é tido como um nome de família aragonês. Há muitos ramos sem ligação consanguínea alguma.

Entre os nomes mais conhecidos está o de Hernán Cortés (1485-1547), conquistador espanhol do império asteca. Em Portugal, há referências a Luiz Cortez, que viveu entre os séculos 16 e 17, e também a Manuel Lopes Caetano Cortês Serra, capitão-mor de Lousã e Serpins e do couto de Semide, que recebeu brasão de armas em 14 de dezembro de 1771. 

Há um número grande de imigrantes, espanhóis ou portugueses, chegados ao Brasil com o sobrenome (Cortez, Cortes e Cortés) entre o final do século 19 e o começo do 20. Cortez ou Cortés também é encontrado entre famílias de origem judaica (sefardita).

Algumas personalidades com este sobrenome são o ator Raul Cortez (1932-2006), o escritor e editor José Xavier Cortez, o ator e dramaturgo Leonardo Cortez e o jornalista Rafael Cortez.