Sobrenome português proveniente de uma alcunha primitiva, alusiva ao falcão, ave usada como ferramenta de caça, criada e treinada por um falcoeiro. Pode ser também um toponímico, indicando o lugar de falcoaria. O vocábulo procede do latim falco ou falconis e nomeia uma série de aves de rapina.
Há várias referências ao uso de Falcão como sobrenome em Portugal, pelo menos desde o século 13. Entre eles, citamos Paulo Falcão, que viveu no tempo de dom Diniz (1261-1325) e viveu em Chaves em 1281. Outro é Lourenço Anes Falcão, de Évora, mencionado em 1357, no reinado de dom Pedro (1320-67). Mais tarde, em 1385, um cavaleiro inglês de nome John Falconet chegou a Portugal na companhia da filha do duque de Lancastre, a futura rainha dona Felipa (1360-1415), esposa de dom João I (1357-1433), e deixou descendência com o sobrenome aportuguesado para Falcão.
No Brasil, o sobrenome chegou no século 16. Entre os primeiros, mencionamos Francisco Falcão, casado no Rio de Janeiro com Catarina Sanches em 1617. Também é encontrado entre cristãos-novos, judeus convertidos ao cristianismo à força.
A atriz Lívia Falcão, a atriz e cantora Clarice Falcão e o cantor e humorista Marcondes Falcão Maia, o Falcão, são algumas personalidades com o sobrenome.
Por Rodrigo Trespach.
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