Feijó

Sobrenome português, com origem provável em um apelido. Viria do latim faseolus, feijão, tendo passado pelas corrupções “fasióo” ou “faisjóo”. O primeiro Feijó de que se tem notícia foi Gil Pires Feijó, que viveu no século 13, casou com dona Inês Soares e com ela teve o filho Martim Gil Feijó, que deu seguimento ao nome de família.

Embora não seja dado como certo o motivo pelo qual se usou “Feijó” como sobrenome, uma tradição, expressa na heráldica da família, afirma que o nome viria do encontro que um cavaleiro teve com uma senhora antes de partir para a luta contra os mouros. A velha vendia bolinhos de leite chamados “feijoas” e não aceitou o pagamento proposto pelo guerreiro, desde que ele trouxesse tantas cabeças inimigas quanto o número de bolinhos levados para a batalha. O cavaleiro teria aceito seis bolinhos e retornado com igual número de cabeças. Dessa forma, no escudo vermelho de um dos brasões de armas dos Feijó constam seis “bolinhos” ou besantes (rodelas) de ouro, tendo uma espada de prata no centro.

No Brasil

O sobrenome chegou ao Brasil em variadas épocas e lugares. Entre outros, mencionamos o açoriano Manoel de Souza Feijó, nascido na Ilha de São Miguel e casado em Viamão, no Rio Grande do Sul, com Inácia Felícia de Santa Clara, em 1784.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos Diogo Antônio Feijó, conhecido como Regente ou Padre Feijó (1784-1843), senador, ministro e regente do Império brasileiro (1835-7); a atriz Angelita Feijó e o escritor e poeta Mário Feijó.