Sobrenome toponímico português e também italiano. Em Portugal, não há consenso quanto ao local que deu origem ao nome de família. Querem alguns que tenha sido de um lugar chamado Mota, em Vilela, no concelho de Paredes. Outros afirmam que seria referência à Quinta da Mota, na freguesia de São Miguel da Fervença, concelho de Celorico de Basto; à Casa da Mota, na freguesia de São Martinho do Campo, no mesmo concelho; ou ainda à Quinta da Mota, na freguesia de Santo Estevão de Vila Chã, concelho de Gestaçô.
Como o vocábulo “mota”, de origem pré-romano, significava um conjunto de muros, torres ou fossas que defendiam uma fortificação ou uma casa de campo, não é de estranhar a popularidade do topônimo durante a Idade Média. Na Itália, o termo deu origem aos sobrenomes Motta, La Motta, Motti, Mautisi, entre outros. A forma Motta tem muitos representantes no Brasil, chegados principalmente no final do século 19. Entre outros, mencionamos os imigrantes italianos Giuseppe Motta, chegado a colônia Caxias (RS) em 1881, e Luciano Motta, chegado ao Espírito Santo em 1893.
Em Portugal, o primeiro a usar o sobrenome foi Rui Gomes de Gondar, chamado de “o da Mota” por morar no lugar da Mota. Embora haja certa tendência pela Quinta da Mota, no concelho de Gestaçô, é difícil de precisar qual local originou o apelido, já que, como dito, existem muitos locais com este topônimo e todos são próximos, no norte de Portugal, e perto de Gondar. Rui era filho de dom Fernando Mendes de Gondar (ou Gundar), cavaleiro do rei dom Afonso Henriques (1111-85) na batalha do Campo de Ouriques (1139) e filho de dom Mem de Gondar, natural das Astúrias. Este veio a Portugal no final do século 11, com Henrique de Borgonha, o conde de Portucale.
No Brasil
De Portugal o sobrenome passou aos Açores e ao Brasil – nas formas Mota e também Motta, como na versão italiana – sendo adotado também por famílias de escravizados de origem africana e cristãos-novos, judeus convertidos forçosamente ao cristianismo.
Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o historiador Leonardo Mota (1891-1948), a atriz e cantora Maria José Motta de Oliveira, a Zezé Motta, o cantor Ed Motta e o jornalista Nelson Motta.
Por Rodrigo Trespach.
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