Padilha

Sobrenome toponímico ibérico, com origem em Padilla de Yusco, próximo a Burgos, na moderna comunidade autônoma de Castela e Leão, Espanha. O vocábulo procede do latim patella e pode ter como significado “prato pequeno, usado em sacrifícios”, “panela” ou “forno”. É, também, o nome da deusa Patella, que presidia a saída do trigo da espiga.

O primeiro que se conhece é dom Juan Fernández de Padilla, que viveu no século 14 e foi bisavô de Pedro López de Padilla, senhor de Calatanãzor, Coruña del Conde e Santa Gadea, feito adiantado-mor de Castela por dom Henrique IV (1454-74). Entre os nomes mais icônicos, porém, está o de Maria de Padilla, amante de dom Pedro I de Castela (1334-69).

Da Espanha, muitos com este sobrenome passaram a Portugal, entre eles Bartolomeu Fernandes Padilha, que viria a ser escudeiro de dom João III (1502-57), e seu irmão, Francisco Fernandes Padilha. Ambos receberam carta de brasão de armas do rei português em 1530 e 1532, respectivamente. 

O sobrenome chegou ao Brasil no século 17. O capitão Francisco Padilha foi um dos líderes da resistência lusa à invasão holandesa em Salvador, em 1624. Ainda no Nordeste, em 1741 o capitão-mor Manoel Marques Padilha do Amaral ergueu a capela que deu origem à cidade de Curimatá, no Piauí. No Sul, o tropeiro curitibano Antônio Gonçalves Padilha (1726-88) foi um dos povoadores da região serrana do Rio Grande do Sul.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos a atriz Maria Padilha; os escritores Antônio Padilha (1904-81) e Tarcísio Padilha; e o advogado Eliseu Padilha, ministro nos governos dos presidentes FHC, Dilma e Temer.