Paim

Sobrenome ibérico, cuja origem estaria em uma família inglesa que chegou a Portugal em 1387 junto à futura rainha dona Filipa de Lencastre (1360-1415), esposa de dom João I (1357-1433). Seriam eles: “Chomaly Paym” (cujo prenome também é escrito como “Tomalim” ou “Palamim”, possível corrupção de Thomas Allen), seu irmão Robert (“Ruberte”) e seu filho Valentim.

“Paym” deu origem a Paim e pode ter vindo das variações inglesas Pain, Paine ou Paynes, que procede de um antigo prenome, de aldeão ou morador do campo, associado muitas vezes ao paganismo – existem teorias de que o prenome era dado às crianças batizadas tardiamente.

Chomaly era secretário de dona Filipa e foi fidalgo da casa de dom João I e seu irmão, tesoureiro-mor no morgado de Santarém. Valentim foi fidalgo de dom Duarte (1391-1438) e, de seu casamento com dona Brites de Vasconcelos Badilho, teve Duarte e Isabel Paim, cujo filho,  Cristóvão Pinto do Paim, recebeu carta de brasão de armas em 30 de maio de 1533. Duarte Paim serviu a dom Afonso V (1432-81) como comendador da Ordem de Santiago. Casou-se com uma herdeira de Jacome de Bruges, fidalgo flamengo e primeiro povoador da Ilha Terceira.

Para alguns etimologistas, porém, pelo menos alguns Paim teriam origem na vila galega de Paín. De toda forma, de Portugal o sobrenome passou ao Brasil no século 16. Cristóvão Paim chegou à colônia em 1549, junto com o governador-geral Tomé de Sousa (1503-73). Mais tarde, no século 18, os Paim açorianos começaram a chegar em diversas partes do Brasil, de Sul a Norte.

No Brasil, entre algumas personalidades com estes sobrenomes destacamos o cantor Wilson Paim e o político Paulo Paim.