Sobrenome ibérico, de origem religiosa. Paixão entre os portugueses; Pasión entre os espanhóis. Vem do latim tardio passio, ou passionis, “paixão, passividade, sofrimento”. É referência à Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão, evento em que Jesus Cristo foi crucificado em Jerusalém.
Inicialmente era dado aos que haviam nascido nessa data ou realizado peregrinação nessa época, ou simplesmente em homenagem à Paixão de Cristo. Há registros desde o século 15, tanto em Portugal quanto na Espanha. No Brasil colonial, foi adotado por indígenas ou africanos convertidos.
Como outros nomes de família adotados por devoção, era comum principalmente entre as mulheres, que normalmente na recebiam o sobrenome paterno. Mas, por ter procedência religiosa, existe mais de uma família com este sobrenome sem que haja qualquer ligação entre elas.
Entre algumas personalidades com este sobrenome, destacamos o folclorista gaúcho João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes (1927-2018) e o preparador físico Paulo Paixão, campeão mundial pela seleção brasileira de futebol (2002).
Por Rodrigo Trespach.
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