Silva

imagem de uma floresta representando uma selva

É o sobrenome mais comum no Brasil, isso quase todo mundo sabe. Mas afinal, qual a origem do sobrenome Silva?

Silva (ou da Silva) é um sobrenome toponímico, derivado do latim “silva”, de selva, floresta ou bosque. Já era conhecido como nome de família na Roma antiga, usado, entre outros, pelo general Lucius Flavius Silva, célebre por comandar as tropas romanas que cercaram os rebeldes judeus na fortaleza de Massada, em Israel, no primeiro século da Era cristã.

O sobrenome, no entanto, desapareceu com a queda do Império Romano do Ocidente no século 5, ressurgindo na Península Ibérica dos séculos 11 e 12 entre os reis de Leão – um dos reinos ibéricos surgidos do período da reconquista cristã; compreendia a parte norte do atual território de Portugal e região noroeste da Espanha.

Dom Guterre Alderete da Silva era “rico-homem”, como se chamavam os nobres importantes da época. Serviu a dom Henrique, conde de Portucale, e esteve junto de dom Fernando I, rei de Leão e conde de Castela, na tomada de Coimbra aos mouros, em 1040. Dom Guterre era senhor de Alderete e da Torre da Silva, situada na freguesia de Cerdal, na região de Valença do Minho. Do nome deste topônimo, o “Silva” surgiu como sobrenome. Seu filho, Paio Guterres da Silva (que viveu entre 1070-1129), foi um dos homens mais importantes do reinado de dom Afonso VI, de Leão e Castela, e o responsável por dar continuidade ao nome da família.

No Brasil

A ligação do sobrenome com o Brasil começa muitos séculos mais tarde, com o primeiro conde de São Lourenço, dom Pedro da Silva, governador-geral da colônia entre 1635 e 1639, no final da União Ibérica.

Mas foi o alfaiate português Pedro da Silva o primeiro a estabelecer família por aqui. Chegando a São Paulo na segunda década do século 17, Pedro participou da administração colonial e das bandeiras de Lázaro da Costa (1615) e Raposo Tavares (1628). Quase à mesma época, famílias Silva chegavam também ao Rio de Janeiro e, logo em seguida, ao sul e ao nordeste do país.

Nem todos os Silva, porém, são descendentes de nobres ou fidalgos portugueses. Muitas pessoas procuravam refúgio no Brasil colonial para escapar à perseguição da Inquisição, caso dos judeus convertidos (os chamados “cristãos-novos”) ou para cumprir alguma pena imposta pelo rei. Desterrados ou fugitivos era comum que adotassem novas identidades e sobrenomes; entre eles o respeitado Silva.

Indígenas e africanos escravizados, por sua vez, acabaram utilizando o sobrenome de seus senhores, sem qualquer ligação de parentesco com a família portuguesa. Há quem acredite, inclusive, que a popularização do Silva no Brasil tem a ver com o fato de que ao chegarem à colônias as pessoas eram distinguidas entre os que eram da “costa” e os que viviam no interior, na selva (os Silva).

De todo modo, o Silva tornou-se o sobrenome mais comum no Brasil. Não há dados precisos, mas conforme estimativas por amostragem, cerca de 10% da população brasileira usa Silva com nome de família. Entre eles, quatro presidentes da República: Artur da Silva Bernardes (1876-1955), Jânio da Silva Quadros (1917-92), Artur da Costa e Silva (1899-1969) e Luís Inácio Lula da Silva. Isso sem contar com famosos, como o piloto de automobilismo Ayrton Senna da Silva (1960-94), o cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião” (1898-1938), a escrava e cortesã mineira Chica da Silva (1732-96) e o apresentador Fausto Silva, entre tantos outros.

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