Tinoco

Sobrenome português, com origem em uma alcunha ou em um topônimo. Como apelido, Tinoco teria sido usado por alguém considerado excêntrico ou maníaco, provavelmente ligado ao substantivo tino, de “juízo natural” ou “discernimento”, e cuja etimologia é incerta. Quanto à origem toponímica, viria de um solar em Tinhoseira, Póvoa de Lanhoso, no distrito de Braga, onde havia uma localidade chamada de “Tinocos”. A origem etimológica aqui viria do antigo termo galego tinoca, cujo significado é “cisterna” (reservatório de água).

De toda forma, é um sobrenome antigo, sendo encontrado no século 12, no tempo do rei dom Sancho I (1154-1211), com um certo Martim Tinoco, que viveu em Tomar. Alguns genealogistas acreditam que a família tenha origem na França, de onde passou a Espanha antes de chegar a Portugal.

No Brasil, há registros de três famílias Tinoco morando no Rio de Janeiro do século 17: as de Antônio, João e do carpinteiro Sebastião Tinoco (1655-93). Este último deixou cinco filhos de dois casamentos, com Vicencia Pinta (1665-90) e Antônia de Amaral. Também no Nordeste, há registros. Entre outros, encontramos o alferes Paulo Nunes Tinoco morando em Pernambuco, em 1629.

Entre algumas personalidades com este sobrenome, destacamos o jornalista e político César Tinoco (1884-1960) e a jornalista e escritora Liliana Tinoco.