Velasco, Velasques, Velázquez

Sobrenomes ibéricos com origem patronímica basca, procedendo do nome próprio Vasco ou Velasco (Velascus no latim medieval). Vasco tem origem no étimo basa, “lugar de vegetação viscosa”, mais tarde sinônimo de campo, em oposição a uma povoação.

Na Espanha, as formas mais comuns do sobrenome são Velasquez, Velázquez e Velasco – o patronímico é conhecido, entre outros, através do pintor Diego Velázquez (1599-1660).

Apesar da mesma origem etimológica, os sobrenomes identificam famílias distintas.

Em Portugal, a forma mais popular é Velasques. O primeiro de quem se tem notícia é dom João Velázquez de Alarcón, natural de Toledo, na Espanha, e que chegou a Lisboa no reinado de dom Sebastião (1554-78).

Já os Velasco chegaram em Portugal com dona Ana de Velasco (1585-1607), duquesa de Bragança por casamento, mãe de dom João IV (1604-56). O solar dos Velasco fica nas Astúrias, Espanha, e a família é mencionada desde o século 12, tendo um Diogo Sanches Velasco, filho de João Sanches “Valasco”, participado da batalha de Navas de Tolosa em 1212.

No Brasil, tanto com portugueses quanto com espanhóis, o sobrenome chegou no século 17. Na Ilha de Itaparica, na Bahia, na propriedade da família Velasquez, foi construída uma igreja dedicada a Santo Antônio, hoje conhecida como capela de Santo Antônio dos Velasquez. No Rio de Janeiro, Manuel Rodrigues Velasques é mencionado como proprietário de terras em 1739. Já com a família Velasco, entre os primeiros a desembarcar no Brasil está João Velasco e Molina, administrador colonial lusitano que foi governado do Espírito Santo (1690-5 e 1716-21) e capitão-mor do Grão-Pará (1698-1707).

Algumas personalidades com os sobrenomes são compositor Glauco Velásquez (1884-1914) e a jornalista Laura de Velasco (1944-2018).