Villasboas, Villas-Boas, Vila Boa, Vila-Boa

Sobrenomes toponímicos portugueses, com origem em Villaboa, termo de Beja, região sul de Portugal, ou na quinta do paço de Vilas Boas, em Avrô, termo de Barcelos, norte de Portugal.

O nome vem do latim villa ou villae, que no tempo da antiga Roma designava uma “casa de campo”, uma “quinta” ou “granja”. Alguns historiadores afirmam que a origem estaria nos irmãos franceses Hugo e Jacques de “Villasbens”, que chegaram a Portugal no século 13 e aportuguesaram o nome. Outra história diz que o sobrenome surgiu após o rei d. Sancho II (1209-48) ofertar a dois irmãos florentinos duas “vilas boas” como presente pela ajuda na guerra contra Castela.

Os Vilas-Boas (ou Villas Boas e ainda Villas-Bôas) descendem de Diogo Fernandes de Vilas-Boas, senhor da quinta do paço de Vilas Boas, que viveu no século 14, durante o reinado do rei d. Pedro I de Portugal (1320-67). Já os Vila Boa (ou Villaboa) descendem do mestre Manuel de Vila Boa (de Beja), que recebeu do rei d. João III (1502-57) permissão para o uso do sobrenome e do brasão de armas em 7 de maio de 1550. Na Espanha, encontramos Villaboa e Villabona. Por corrupção na escrita, pode haver descendentes com a mesma origem, mas com a forma escrita diferente.

No Brasil, há registros da família desde o século 17 (na Bahia, Maranhão e São Paulo) e século 18 (Minas Gerais). Entre outros, mencionamos Pedro Casado Villas Boas, filho de João Fernandes Casado e Catarina Villas Boas, nascido em 1625, provavelmente em São Paulo; e João de Aguiar Villas Bôas (1630-90), filho dos portugueses Domingos de Andrade e Violante de Villas Bôas, nascido em Angola e casado em Santo Amaro da Purificação, Bahia, em 1650, com a baiana Catarina. Também há imigrantes chegados no século 19.

Entre algumas personalidades com este sobrenome, destacamos os irmãos sertanistas Orlando (1914-2002), Cláudio (1916-98) e Leonardo Villas-Bôas (1918-61), e a jornalista e apresentadora Ticiana Villas Boas (1980).