Faro

Sobrenome toponímico ibérico, com origem na cidade de Faro, no Algarve, sul de Portugal, ou em Faro, na província espanhola de Soria. A origem da palavra é árabe. Segundo alguns, viria de fareaun, “presídio” ou “refúgio”. Para outros, de alfanar ou El Fanari, do aramaico fanari, “lugar onde se encontra um farol” (“Alfaro”). No caso português, há quem defenda a ideia de que Faro veio de Harun, a forma árabe de Aarão, nome da família que controlou a cidade no século 11. O antropônimo foi depois adaptado ao português antigo com as formas “Fárom” e “Farão”, tendo finalmente alcançado a forma “Faro”. 

Em Portugal, a família nobre do sobrenome descende do rei dom João I (1357-1433) por meio de dom Fernando (1430-83), 2º duque de Bragança e marques de Vila Viçosa. Seu filho dom Afonso foi feito conde de Faro pelo rei dom Afonso V (1432-81) em 22 de maio de 1469 e seus filhos dom Fernando e dom Francisco de Faro deram seguimento ao sobrenome pelo título do paterno. 

Na história brasileira, destacamos o português Luís Antônio Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro (1754-1830), governador de Minas Gerais (1788-9) e, mais tarde, conde de Barbacena, autor de denúncia que desbaratou a Inconfidência Mineira.

Existem, porém, outras famílias sem ligação com os nobres e que tomaram o topônimo Faro como sobrenome.

Faro também é a forma de um sobrenome toponímico italiano, com origem no latim pharus, derivado do grego pharos (alusão a ilha de Pháros, na baia de Alexandria, Egito, onde foi construído o grande farol), de “farol”, “torre alta iluminada construída na costa como guia para embarcações”. É um nome de família comum na Sicília, especialmente na região portuária de Catânia. Alguns imigrantes italianos chegaram ao Brasil com este sobrenome. Entre eles, Domenico Faro, desembarcado com a família em São Paulo em 1896. 

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o ator e apresentador de televisão Rodrigo Faro.