Almeida

Almeida (ou de Almeida) é um toponímico lusitano, com origem na palavra árabe al-mâida, “a mesa”, tendo sentido figurado, usada para designar colina ou “campo plano”; “abertura” ou “vão”.

Há pelo menos duas famílias nobres com origem distintas. A primeira vem de Palayo ou Pallato Amado, fidalgo da família dos Coelhos, que passou a usar “Amado” por ser muito querido por dom Henrique de Borgonha (1066-1112), conde de Portucale. Seu neto Payo Guterres Amado, derrotando os mouros no Castelo de Almeida, em Ribacoa, Beira Alta, Portugal, em 1190, adotou o nome da cidadela como sobrenome. Seu filho Pedro Paes de Almeida deu seguimento a essa linhagem.

Há menção ainda de que João Fernandes, filho de Fernão Canelas, senhor das quintas do Pinheiro e de Canelas, teria fundado, em 1258, a aldeia de Almeida, no concelho de Mangualde, da qual tomou o sobrenome.

No Brasil, o sobrenome chegou nas primeiras décadas de povoamento. Somente no Rio de Janeiro dos séculos 17 e 18 viviam na cidade quase quarenta famílias Almeida. Entre elas a de Antônio de Almeida, nascido em Lisboa, em 1596, e casado no Brasil por volta de 1626 com Doroteia de Alvarenga; a do capitão Manuel de Almeida Brito (1652-1705) e Isabel da Silva; e a numerosa família de Francisco de Almeida Jordão (1638-1709) e Helena de Faria.

Entre algumas personalidades com este sobrenome, destacamos os escritores Manuel Antônio de Almeida (1831-61), autor de “Memórias de um Sargento de Milícias”, e Guilherme de Almeida (1890-1969), e o médico Estevam José de Almeida Prado (1902-81), pioneiro da homeopatia no Brasil.