Sobrenome toponímico ibérico. Presume-se que tenha origem na localidade espanhola de Arantei (no século 10, Asantei), em Salvaterra do Minho, província de Pontevedra, na Galícia. Entretanto, a etimologia não é clara. Alguns afirmam vir do basco arantz, “vale” (de espinhos) ou, ainda, do celta Aranténi.
O primeiro de que se tem notícia em Portugal é João de Arantes (ou “João de Nantes”), que nasceu por volta de 1460 e foi senhor da quinta de Romay, na freguesia de Carrazedo, concelho de Amares. Pode ter passado a Portugal após a batalha de Toro, em 1476, em companhia de Pedro Alvarez de Sotomayor, conde de Caminha e senhor de Salvaterra. Em 1488, João foi nomeado condestável dos espingardeiros e cavaleiro da Casa Real de dom João II (1455-95).
O sobrenome sofreu com mudanças: de “Nantes”, “D’Arantes” e “D’Anantes” (entre os séculos 15 e 17), se firmou, finalmente, como “Arantes”.
No Brasil, o sobrenome chegou no século 18, com os descendentes de Domingos de Arantes, sexto neto de João Arantes, e Josefa Marques. Ainda no início do século 20, há imigrantes espanhóis e portugueses com este nome de família desembarcados no Rio de Janeiro e em Santos. Há familiares espalhados principalmente por São Paulo e Minas Gerais.
Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o cantor Guilherme Arantes e o ex-jogador de futebol Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.
Por Rodrigo Trespach.
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