Sobrenome português de origem religiosa. Está ligado à veneração em Jesus Cristo, para quem os fiéis oram por um “bom fim” ou boa morte. Segundo a devoção católica, é uma figuração do Senhor no momento de sua morte — por isso a imagem de devoção é um Jesus crucificado.
Em Portugal, a ermida mais antiga data de 1669 e um de seus devotos era o rei dom João V (1689-1750), embora se acredite que o culto tenha iniciado no século 13. O culto ao Senhor do Bonfim foi trazido ao Brasil no século 18 por Theodósio Rodrigues de Faria, capitão de mar e guerra da Marinha portuguesa e traficante de escravizados africanos. O início da construção da Igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador, na Bahia, data de 1745.
Há municípios com este nome em diversos estados do Brasil, podendo ter dado origem a sobrenomes toponímicos. Por devoção ou referência geográfica, foi adotado por muitas famílias de escravizados africanos. Entre os nobres do império, o banqueiro mineiro José Francisco de Mesquita (1790-1873) recebeu o título de marquês de Bonfim.
Há famílias Bonfim/Bomfim espalhadas pelo Brasil, sem ligação de parentesco alguma entre elas.
Entre algumas personalidades com este sobrenome, destacamos Antônio Maciel Bonfim (1905-47), militante e secretário-geral do Partido Comunista do Brasil; e o ator Roberto Bonfim.
Por Rodrigo Trespach.
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