Castilho, Castilhos

Castilho(s) é sobrenome toponímico espanhol, com origem em um lugar fortificado ou castelo, de castillo, do latim castrum ou castellum. Há um número muito grande de nomes de família que tiveram origem em fortificações militares, entre eles, Castell, Castelar, Castiella e Castillo, que em Portugal ganhou as formas Castilho(s). Neste caso, procedendo de Castillo Pedroso, nas Astúrias, norte da Espanha moderna.

O nome mais antigo conhecido é o de dom Pero Fernandes de Castillo, rico-homem – como eram chamados os nobres de então – de dom Afonso XI de Castela (1311-50), que durante a batalha de Salado (1340) levou o estandarte do infante dom Pedro (1334-69), mais tarde rei, conhecido como “o Cruel”.

Da Espanha o sobrenome passou a Portugal em diversas épocas, com diversas famílias. Entre as primeiras está a de Diogo de Castilho, natural de Xerez, fidalgo do rei dom Afonso V (1432-81) que passou a Portugal com dona Joana, a Excelente Senhora (1462-1530). Outra família que mudou de reino foi a de João de Castilho, que se estabeleceu em Tomar, foi mestre de obras do mosteiro de Nossa Senhora de Belém e do convento da Ordem de Cristo, em Tomar. Foi ainda escrivão da Câmara e da Fazenda do rei dom João III (1502-57). A família recebeu brasão de armas em 1561, confirmando as origens nas montanhas de Biscaia.

No Brasil

Da Península Ibérica o sobrenome chegou ao Brasil passando também pela ilha da Madeira e pelos Açores. O sobrenome também foi adotado por escravizados, que adotaram o nome dos seus senhores.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos Júlio Prates de Castilhos (1860-1903), jornalista, político positivista, governador do RS e autor da primeira Constituição gaúcha (1891).