Cavalcante, Cavalcanti

Cavalcanti (ou Cavalcante) é um sobrenome italiano, com origem na profissão do patriarca da família. Vem do latim caballarius (de caballus, cavalo de trabalho) – daí caballero, em espanhol, cavalier em provençal e cavaliere em italiano. Na Idade Média, o vocábulo nomeava uma série de profissões ligadas ao animal, tais como cavaleiro, cavalgador, criador ou mercador de cavalos e estafeta, surgindo daí muitas variantes e sobrenomes distintos, como Cavalieri, Cavalero, Cavalini e Cavalcanti.

O sobrenome ficou conhecido pela importância que a família Cavalcanti conquistou em Florença a partir do século 12.

No Brasil

Na Península Ibérica está presente desde o século 14 e chegou ao Brasil na década de 1560 por meio de Filippo (ou Felipe) Cavalcanti, filho de Giovanni Cavalcanti, importante banqueiro florentino. Filippo desembarcou na colônia para explorar o comércio de açúcar nos engenhos de Pernambuco, além do que, segundo de imagina, estar fugindo das intrigas políticas na Europa. Genealogistas portugueses afirmam que ele teria chegado “homiziado” em Portugal (em 1558), ou seja, era acusado de assassinato. Seja como for, no Brasil ele casou com Catarina de Albuquerque, tendo com ela onze filhos, dos quais descendem milhares de brasileiros. A família Cavalcanti é considerada uma das maiores do país – não em popularidade, como os Silva, mas por número de descendentes de um único ancestral.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o pintor Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo, o Di Cavalcanti (1897-1976); e o humorista Antônio José Rodrigues Cavalcante, o Tom Cavalcante.