Cruz, de la Cruz, Santa Cruz, Santacruz

Cruz, Da Cruz, De la Cruz, Santa Cruz e Santacruz, entre outros, são sobrenomes religiosos de origem ibérica, uma referência à cruz carregada por Jesus Cristo, na qual ele foi crucificado. Nomes de família ligados ao cristianismo eram bastante comuns na Espanha e em Portugal durante Idade Média – e também em outros países, embora menos comum (como Cross, Croix, Lesegne e Kreuz). Passou a ser usado como sobrenome no século 14.

Há um número grande de famílias que adotaram a mesma distinção, sem que haja qualquer ligação entre elas. Até mesmo famílias de cristãos-novos, judeus convertidos ao cristianismo à força, adotaram o sobrenome.

O vocábulo “cruz” vem do latim crux ou crucis, referindo-se ao instrumento de suplício dos antigos romanos, usado, por exemplo, na crucificação de Jesus e adotado mais tarde como símbolo cristão. As variações Da Cruz, De la Cruz e Santa Cruz, entre outras, podem indicar também um topônimo, referência a algum lugar marcado com cruzes durante o medievo ibérico e posteriormente usado como identificação familiar.

No Brasil, há diversas famílias com estes sobrenomes. Há referências a Manuel da Cruz, casado no Rio de Janeiro com Ana Gomes em 1611. Famílias de africanos escravizados e seus descendentes também adotaram o sobrenome. Como exemplo, citamos Manuel Alves da Cruz, nascido em São Paulo em 1748. Entre as famílias de cristãos-novos, mencionamos João da Cruz, em Salvador, 1711.

Na história brasileira, destacaram-se, entre outros, o médico sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917) e o poeta João da Cruz e Sousa (1861-1898). Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos a jornalista Cláudia Cruz.