Toponímico português, Freitas tem origem na família de dom Gonçalo Ouveques, fundador do mosteiro de Cete e pai de Diogo Gonçalves de Urró, que lutou em 1139 na batalha do campo de Ourique com dom Afonso Henriques (ca.1111-85), o Conquistador, primeiro rei de Portugal. Do casamento de Digo Gonçalves com dona Urraca Mendes de Bragança nasceram vários filhos, entre eles João Dias de Freitas, senhor do paço de Freitas, o primeiro a usar o sobrenome, tirado de seu senhorio, no concelho de Fafe.
Acredita-se que Freitas tem origem no latim fractas, que alguns entendem como sendo pedras; não como quebradas ou rachadas (de fractus), mas no sentido de brecha, abertura, com um desfiladeiro.
No Brasil
De Portugal a família passou aos arquipélagos de Açores e da Madeira e de lá para o Brasil. No Rio de Janeiro, entre as mais antigas está a de Mateus de Freitas, capitão em 1626, com mercê da Ordem de São Tiago. Entre os séculos 16 e 18, mais de vinte famílias Freitas viviam no Rio, entre elas a de João Freitas de Aguiar, natural da ilha da Madeira. Para o Sul do Brasil, os Freitas dirigiram-se a partir da segunda metade do século 18.
O sobrenome foi adotado também por famílias de cristãos-novos, judeus convertidos ao cristianismo. Na Bahia do século 16 vivia Francisco Nunes de Freitas. Em Santos, em 1628, morava Sebastião Freitas, denunciado ao Santo Ofício.
Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o escritor português Pedro Chagas Freitas e o músico gaúcho Telmo de Lima Freitas.