Gato, Gatto

Sobrenome de origem portuguesa (Gato) e italiana (Gatto). É derivado de um apelido; vocábulo com origem no latim catus, hábil, ou cattus, filhote de animal, e que nomeia o gato doméstico (Felis silvestris catus). Em italiano, existem ainda variações como Gatti, Gattai e Gattuso. A alcunha podia ter muitos significados, associadas a um ancestral que tinha as qualidades do felino como docilidade, astúcia, esperteza e agilidade.

Na Itália, entre os nomes mais antigos conhecidos está o de “Rayneri Gacti”, mencionado em 1306. Muito mais tarde, para o Brasil emigraram, entre muitos outros, Giovanni Gatto, chegado a São Paulo em 1886 no vapor Matheus Bruzzo, e a família de Angelo Gatto, em 1888, no vapor Plata. Para o Espírito Santo emigrou Vicenzo Gatto, desembarcado em Vitória, no navio Mario, em 19 de dezembro de 1888.

Em Portugal, o nome mais antigo conhecido é o de dom Afonso Pires Gato, que viveu no começo do século 13, filho de Pedro Nunes Velho e neto de dom Nuno Soares Velho. Não é conhecido o motivo pelo qual tomou o apelido Gato. Os filhos de seu casamento com dona Urraca Fernandes adotaram o apelido paterno como sobrenome.

No Brasil

No Brasil, entre os pioneiros estão os açorianos da ilha Terceira Belchior e João de Borba Gato, que chegaram a capitania de São Vicente na década de 1630. João foi pai do famoso bandeirante paulista Manuel de Borba Gato (1649-1718), descobridor do ouro em Minas Gerais na década de 1680), pelo qual ganhou perdão real pelo crime de assassinato que havia cometido anos antes.

Entre algumas personalidades com estes sobrenomes destacamos a jornalista Maíra Gatto.