Sobrenome português proveniente de uma alcunha primitiva, podendo ter sido adotado por mais de um tronco familiar, incluindo famílias de cristãos-novos (judeus convertidos à força ao cristianismo). O fidalgo Martim Pires de Lodares foi o primeiro a adotar Leitão como sobrenome. Filho de Pedro Martins de Lodares, Martim possuía o morgado de Cidoros, em Abiul, o padroado da Igreja de Santa Marinha, no termo de Barcelos, e o senhorio de Lodares. Martim viveu no tempo do rei dom Sancho I (1154-1211) e de seu casamento com dona Teresa Rodrigues de Urró nasceram os filhos que deram continuidade ao sobrenome. Seu neto, dom Estevão Gonçalves Leitão foi mestre da Ordem de Avis e da Ordem de Cristo no tempo do rei dom Afonso IV (1291-1357).
No Brasil, o primeiro a chegar foi dom Pedro Leitão (1519-73), o segundo bispo brasileiro, indicado pelo papa Paulo IV, em 1559. Além da atuação na Bahia, esteve com o governador-geral Mem de Sá na fundação do Rio de Janeiro (1565).
Alguns outros nomes se destacam na administração colonial, como Jeronimo Leitão, capitão-mor de São Vicente (1572-92); André Leitão de Mello, juiz de fora em Salvador e desembargador no Rio de Janeiro (séc. 18); e Francisco Ângelo Leitão, ouvidor em Vila Rica, Minas Gerais (séc. 18). No Rio de Janeiro também vivia Antônio Leitão, descendente de judeus (séc. 18).
Uma das personalidades brasileiras mais conhecidas com este sobrenome é a jornalista Miriam Leitão.
Por Rodrigo Trespach.
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