Sobrenome toponímico português, com origem em diversos lugares denominados Linhares, como a freguesia localizada no município de Celorico da Beira, Portugal. Vem do latim linum, “lino” ou “linho”, planta cultivada para extração de fibras, ou linarius, o responsável pela plantação. Na Espanha, tem as formas Linares, Llinares, Linero, entre outras.
No Brasil, entre as muitas famílias Linhares, a mais antiga chegou ao Nordeste no começo do século 17, com Dionísio Alves e seu genro Domingos da Cunha, estabelecidos em Natal, no Rio Grande do Norte. Domingos da Cunha adotou Linhares como indicativo de sua cidade natal, a antiga freguesia de Santa Marinha de Linhares, em Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo, Portugal. Dionísio Alves também tomou o sobrenome, ainda que não fosse natural da cidade. Os dois são o tronco da família Linhares no Nordeste.
Outro que adotou o sobrenome foi o coronel Félix da Cunha Linhares (1672-1723). Filho de Agostinho da Cunha e Aba de Araújo, Félix foi um dos povoadores da região do Vale do rio Acaraú (1690), no Ceará, tendo construído uma capela dedicada a São José, próximo a Sobral, em 1702. Ele não deixou descendentes.
Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o magistrado José Linhares (1886-1957), presidente brasileiro (1945-6); o autor de novelas Ricardo Linhares; e o jornalista José Linhares Jr.
Por Rodrigo Trespach.
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