Sobrenome ibérico e italiano. Tem mais de uma origem, podendo ter procedência simplesmente em linum, nome dado às fibras do linho, por isso indicativo de um topônimo (lugar de plantação de ou fabricação de linho), ou em Linos ou Linus, um personagem mitológico grego, considerado a personificação da lamentação e o criador da poesia lírica. O nome viria de ailinon, refrão de um canto fúnebre, e também pode estar associado à fibra do linho, o “fio da vida” que a ceifadora Átropos cortava. O Lino da mitologia foi usado durante a Idade Média como prenome, passando depois a nome de família. Neste caso, pode ter influência religiosa, já que Lino (10-76 d.C.) é o nome do segundo bispo de Roma, santificado pela Igreja Católica. Muitos cristãos deram aos filhos o nome de Lino, por devoção.
Na Espanha, temos ainda a forma Linos; na Itália, Linari. Em alguns países, ainda é usado como nome próprio, como exemplo mencionamos o químico estadunidense Linus Pauling (1901-94).
No Brasil, o sobrenome está presente principalmente desde o século 19, com imigrantes luso-açorianos. Entre eles, mencionamos José Lino Coutinho (1784-1836), poeta e político soteropolitano, filho de portugueses e governador do Rio de Janeiro (1831-2).
Entre algumas personalidades com este sobrenome, destacamos o jornalista Carlos Eduardo Lino.
Por Rodrigo Trespach.
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