Lobo

Lobo é um sobrenome ibérico, com origem no apelido dado ao patriarca da família. A palavra vem do latim lupus, lobo, cuja raiz indo-europeia ulkuos, significa malvado ou sedento de sangue, adjetivo dado aos guerreiros destemidos. Era usado como nome de família desde os antigos romanos, onde constam nomes como os de Caio Rutílio Lobo e Caio Lobo. Na Itália moderna, o sobrenome tem a forma Lupo.

Os Lobo em Portugal descendem dos senhores de Biscaia, no norte da Espanha moderna. Dom Pedro Peres ou Ordonhez Lobo, tido como o primeiro a usar o sobrenome, viveu durante o reinado de dom Fernando III de Leão e Castela, dito o Santo (1201-52). Era filho de dom Pedro Lopes Lopo e neto do conde dom Lopo Dias, soberano de Biscaia, Nagera e Castela, a Velha. Dom Ordonhez tomou parte da conquista da taifa de Baeza em 30 de novembro de 1227. Seu filho dom Pedro Paes Lobo passou a Portugal no tempo do rei dom Sancho II (1209-48), recebendo por mercê o título de senhor da terra de Basto.

No Brasil

De Portugal o sobrenome chegou ao Brasil, onde familiares se destacaram como administradores coloniais; entre os quais Manuel de Madureira Lobo, governador-geral do Pará (1720-23); Manuel Lobo, governador do Rio de Janeiro (1679-80); e Martim Lopes Lobo de Saldanha e José Raimundo Chichorro da Gama Lobo, governadores de São Paulo (1775-82 e 1786-88).

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o poeta Francisco Lobo da Costa (1853-88), o escritor António Lobo Antunes, o cantor e compositor Edu Lobo e o jornalista e apresentador de televisão Leão Nicola Lobo, o Leão Lobo.