Matos, Mattos

Toponímico português, o sobrenome tem origem na quinta de Matos, no concelho de Aregos, comarca de Lamego, onde viveu no século 12 dom Paio Viegas, pai de dom Hermigo Paes de Matos, o primeiro a adotar o apelido. Dom Paio Viegas descende dos reis de Leão por dom Hermigo Alboazar, senhor do castelo de Távora.

No Brasil

De Portugal o sobrenome passou ao Brasil, onde muitas famílias adotam o Matos não tendo ligação alguma com os nobres lusitanos. Entre 1707 e 1709, João de Campos e Matos foi capitão-mor da capitania de São Vicente (São Paulo).

O sobrenome foi adotado também por cristãos-novos, judeus convertidos à força no final do século 15. Em Portugal, o judeu Nuno Álvres de Matos foi denunciado em 1650. No Brasil, os cristãos-novos Luís de Matos (filho de Francisco de Matos) e Luís de Matos (filho Antônio de Matos Coutinho) aparecem como moradores do Rio de Janeiro e da Bahia na década de 1650. O judeu Isaque Rodrigues de Matos (ou da Mattos) aparece na lista da Congregação Tzur Israel, no Brasil holandês, entre 1648-54.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o poeta barroco brasileiro Gregório de Matos (1636-96), o político baiano, conhecido como o “Governador do Sertão”, Horácio de Queirós Matos (1882-1931), o general Carlos de Meira Mattos (1913-2007), que ajudou na organização da FEB, durante a Segunda Guerra Mundial, e a produtora da televisão brasileira Marlene Mattos.