Mesquita, Mezquita

Mesquita (ou Mezquita) é um sobrenome toponímico ibérico, com raízes tanto em Portugal quanto na Espanha medieval. A origem seria o árabe maçgheb (ou mesjid), lugar de adoração; nome dado ao templo islâmico. A forma Mes(z)quita teria vindo do grego.

Em Portugal, o nome mais antigo conhecido é Estevão Pires de Mesquita, pai de Lopo Esteves da Mesquita, ouvidor de Vila Real, e avô de Inês Lopes de Mesquita. Casada com Martim Gonçalves Pimentel, Inês teve vários filhos, entre eles, cinco que participaram com o rei dom Afonso V (1432-81) do cerco a Arzila, no Marrocos, em 1471, ocasião em que teriam tomado uma mesquita atados uns aos outros por meio de cintos, motivo pelo qual teriam adotado o sobrenome. Embora o brasão de armas da família apresente a indicação de cinco cintas no escudo e um mouro no timbre, a história parece ser irreal, pelo menos quanto a origem do sobrenome, já que ele é mais antigo, como se pode notar no nome do bisavô dos cavaleiros. Há também referência a um Sancto Pedro de Mesquita, em documento de 986. Em 1462, o sobrenome aparece como Mesquida ou Mezquida.

No Brasil

Alguns nomes com este sobrenome se destacaram na administração colonial portuguesa, como António de Mesquita Pimentel, capitão-mor e primeiro governador da Índia Portuguesa (1695-97) e o capitão, engenheiro-militar e arquiteto Francisco Frias de Mesquita (ca.1578-1645), autor de projetos de fortes em Natal, Salvador e Cabo Frio, além planta da Igreja do Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, e da cidade de São Luis do Maranhão.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos o escritor José de Mesquita (1892-1961), o advogado e político Júlio de Mesquita (1862-1927), proprietário do jornal O Estado de S. Paulo, o Estadão, e o cantor e ator Evandro Mesquita.