Sobrenome português, com origem em uma alcunha. Pode estar associado ao nome de um peixe, como a taínha-negrão (Chelon labrosus), mas é mais provável que tenha procedência no apelido medieval dado a alguém que tinha a pele, o cabelo ou a barba negra — do latim niger, “negro” ou “escuro” — e a compleição física significativa (“negro grande”; “negrão”). Em alguns casos, pode ter origem em famílias originárias da Itália (Negrone) ou da Espanha (Negrón), mas cuja origem etimológica é a mesma. Há uma família Negrão, por exemplo, que tem origem em Gênova, passou à Espanha no reinado de Filipe I de Castela (1478-1506) e, depois, para Portugal.
No Brasil, o primeiro deste sobrenome foi Pedro Martins Negrão (1590-1647), capitão, escrivão da Alfândega e Almoxarifado do Rio de Janeiro e mordomo da Confraria de Nossa Senhora da Candelária. Pedro foi casado com Maria de Moura (1600-1674), com que teve dez filhos, e proprietário da fazenda do Engenho de Fora, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
Entre algumas personalidades com este sobrenome, destacamos o escritor e dramaturgo Walther Negrão.
Por Rodrigo Trespach.
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