Paes, Páez, Pais

Paes (ou Páez) é um sobrenome patronímico ibérico, com origem no prenome Paio, contração de Pelaio, do latim Pelagius, de pelagius, que, por sua vez, vem do grego pelagios, marinheiro ou homem do mar. Alguns etimologistas acreditam, no entanto, que a forma Payo/Paio pode ter vindo de uma variante galega cujo significado seria aldeão ou camponês – cuja origem provavelmente seja o latim pagus, povoação, aldeia ou território rural. Em português, as formas arcaicas são Pais e Páiz; em espanhol existem também as variações Báez e Peláez, entre outras.

Como todo patronímico, deu origem a diversas famílias, descendentes de muitos Paios ou Pelaios. Na Espanha o sobrenome é muito antigo na Galícia e na Cantábria. Martín Páez Bondadoredo foi capitão do rei dom Fernando I de Leão, o Grande (1016-65), e muito apreciado por Rodrigo Díaz de Vivar, El Cid (1043-99).

Em Portugal, o primeiro de que se tem notícia seria dom Paio Rodrigues, cavaleiro do século 10. Outro nome é o de Álvaro Paes (ca. 1330-90), chanceler-mor do rei dom Fernando I.

No Brasil

Da Península Ibérica o sobrenome chegou a América. No Brasil, a família desembarcou já século 16, onde por casamento com os Leme deu origem ao tronco dos “Paes Leme”. Entre os nomes desta família está o do bandeirante paulista Fernão Dias Paes (ca.1608-81), o “Caçador de Esmeraldas”.

Entre os administradores coloniais portugueses, o brigadeiro José da Silva Paes (1679-1760) foi um dos mais destacados, tendo fundado a cidade de Rio Grande, primeiro assentamento lusitano no Rio Grande do Sul, em 1737.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos as atrizes brasileiras Dira e Juliana Paes e o músico argentino Fito Páez.