Palácio, Palacios

Sobrenome toponímico espanhol, com origem no termo latino palatium, usado na Roma antiga para designar o lugar da residência imperial. Essa nomenclatura se deve ao imperador César Augusto, que mandou construir na antiga colina Palatino, local de fundação de Roma, um edifício majestoso em homenagem a sua vitória sobre Marco Antônio e Cleópatra, no primeiro século antes de Cristo. Palatium passou, então, a indicar o “palácio”, a residência de um monarca ou nobre.

A etimologia mais aceita é de que palatium venha do verbo palari, “apascentar” (levar ao pasto) ou de palatio, “ação de espetar estacas” (edificar algo; em latim, pali é “poste”).

Na Península Ibérica há cerca de trinta localidades denominadas de Palácio ou Palacio, de onde se originam algumas famílias. Na Espanha, além de Palacio ou Palacios, temos as formas Palazuelo, Palazóm, Palacín e Pazo. Entre os nomes mais antigos e conhecidos temos o de Lope Sánchez de Palacio, que viveu no século 14, e Juan López de Palacios Rubios (1450-1524), destacado jurista e membro do Conselho de Castela durante o reinado dos Reis Católicos.

No Brasil, entre as famílias mais antigas, encontramos a de João de Palacios (1602-64), pedreiro espanhol estabelecido no Rio de janeiro, onde casou-se por volta de 1632 com Francisca da Conceição, com quem teve pelo menos um filho. Entre os imigrantes espanhóis, o sobrenome é muito comum nas listas de desembarque, principalmente no começo do século 20.

Entre algumas personalidades com este sobrenome, destacamos o jornalista Ariel Palacios e a escritora R. J. Palacio.