Pedroso, Pedrozo, Pedrosa

Pedroso é um sobrenome toponímico ibérico. Em Portugal, tomado do couto e senhorio de Pedroso, junto à cidade do Porto, pertencente a Rui Gonçalves Pedroso. Couto era uma extensão de terras que gozava de privilégios quanto à justiça, a impostos, etc., e o nome do lugar vem do latim petrosus, pedregoso. Rui era filho de Pedro Annes de Araújo, portegueiro-mor de Cela Nova no tempo do rei dom João I (1357-1433), e dona Leonor Gonçalves Pedroso.

Na Espanha, onde a forma mais comum é Pedrozo, historiadores divergem quanto ao local de origem, se em Castela ou se nas Astúrias. Querem alguns que a origem do sobrenome esteja ligada ao som da artilharia e outros ao do oficio de canteiro, o que é bem pouco provável.

Outra forma com origem espanhola é Pedrosa ou Pedroza, identificação usada por Garcia Álvares de Pedrosa, fidalgo da Galícia que passou a Portugal no reinado de dom Afonso V, e cujo filho Diogo de Pedrosa foi mordomo da rainha dona Joana (1462-1530), a “Excelente Senhora”.

No Brasil

Da Península Ibérica o sobrenome chegou à América. No Brasil, o sobrenome é encontrado no Rio de Janeiro seiscentista. Antônio Pedroso deixou descendentes com a “parda” Catarina, a partir de 1630. Domingos Pedroso da Mata contraiu matrimônio com Antônia Pimenta de Melo em 1743 e também deixou filhos.

No Rio Grande do Sul o sobrenome é encontrado também entre registros de escravizados, como Belchior Pedroso, “pardo forro” casado em Pelotas com Maria do Rosário, em 1799.

Entre algumas personalidades com este sobrenome destacamos Roberto Gomes Pedrosa (1913-54), futebolista e dirigente que deu nome ao antigo campeonato brasileiro de futebol (1967-70), o telenovelista Bráulio Pedroso (1931-90) e o cantor Edu Pedroso.