Sobrenome português proveniente de um apelido, provavelmente dado a um ancestral de cílios compridos ou espessos. O primeiro de que se tem notícia foi dom João Pestana, que tomou parte da conquista de Coimbra, em 1064, com o rei dom Fernando I de Leão, o Magno (1016-65), e foi ali armado cavaleiro junto com Rodrigo Díaz de Vivar, El Cid (1043-99). Seu descendente João Anes Pestana (ca.1280-1367), casado com Maria Afonso de Perada, foi um dos povoadores de Évora.
No Brasil, a família Pestana esteve envolvida com a ocupação e a administração do território. Fernão Pereira Pestana de Noronha e João Pereira Pestana foram donatários do arquipélago de Fernão de Noronha no século 17. Além deles, Manuel Pestana de Brito foi capitão-mor de Sergipe (1654-6), Manoel Pestana de Mendonça foi capitão-mor de Santa Cruz (1723-6) e Jacinto de Araújo Pestana foi capitão-mor de Cumã no começo do século 18.
Entre algumas personalidades internacionais com este sobrenome, destacamos o escritor angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, o Pepetela. Entre alguns nomes históricos, mencionamos Augusto Pestana (1868-1934), engenheiro e político carioca que dá nome a uma cidade no Rio Grande do Sul; e Francisco Rangel Pestana (1839-1903), senador da República e membro do triunvirato que governou São Paulo durante a transição de regime, entre novembro e dezembro de 1889.
Por Rodrigo Trespach.
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