Sobrenome português com origem em uma profissão ou apelido, provavelmente dado a um pescador, comerciante ou consumidor de sardinha, peixe bastante comum no litoral europeu, especialmente na Sardenha, de onde vem o nome da região — do latim sardina, “sarda”. A ilha era chamada de Sardinia pelos romanos.
Em Portugal, o primeiro de que se tem notícia foi Pedro Sardinha (vivo em 1209), pai de Pedro Pires Sardinha, prior do mosteiro de São Vicente, em Lisboa. Mais tarde, no século 14, há registros de Martim Sardinha, morador do julgado de Neiva e da quinta de Riba Fria.
No Brasil, entre os primeiros povoadores com este sobrenome, temos o capitão Braz Sardinha (ca.1585-1664), que viveu no Rio de Janeiro, foi casado com Catarina e pai dos filhos Braz e Alberto Sardinha, que deram seguimento a família.
Entre os nomes de destaque na história brasileira está Dom Pedro Fernandes Sardinha (1496-1556), o primeiro bispo do país (1552-6), devorado por índios caetés, na foz do rio Coruripe, Alagoas, após o naufrágio da nau que o levava de volta a Portugal.